Após empresa anunciar fechamento, Ministério Público do Trabalho pede liminar para impedir demissão de 950 trabalhadores do Marfrig

A Marfrig ofereceu a oportunidade de remanejar alguns postos para as plantas de Chupinguaia, Tangará da Serra e Várzea Grande, mas poucas pessoas demonstram interesse na proposta

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(Foto PortalP1)

Após informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de Rondônia (SINTRA-INTRA), o Ministério Público do Trabalho pediu liminar à Justiça para impedir a demissão em massa dos 950 trabalhadores da planta do frigorífico Marfrig em Ji-Paraná. Na segunda-feira, os administradores anunciaram o fechamento da empresa e a dispensa de todos os colaboradores, alegando o distrato do arrendamento da indústria e as perdas com o embargo das exportações à China.

A Marfrig ofereceu a oportunidade de remanejar alguns postos para as plantas de Chupinguaia, Tangará da Serra e Várzea Grande, mas pouco mais de 15 pessoas demonstraram interesse na proposta.

Segundo explicou o presidente do SINTRA-INTRA, Marcos Cardoso dos Santos, o proprietário da planta fez uma vistoria na última sexta-feira e quando retornou a São Paulo informou a Mafrig que não iria renovar o contrato de arrendamento.

“O proprietário quer explorar a indústria em Ji-Paraná, então ele tem que ser chamado a discussão e não deixar todos os trabalhadores serem demitidos”, explicou o sindicalista.

Para ele, a grande maioria da massa de colaboradores pode ser aproveitada no outro empreendimento.

O  frigorífico Marfrig  emitiu nota anunciando o encerramento

“A Marfrig informa que encerrou em 27 de setembro de 2021 as suas atividades no município de Ji-Paraná, em Rondônia. Os proprietários solicitaram a entrega da unidade após o término do prazo de arrendamento, dessa forma a empresa está efetuando a devolução de acordo com o contrato. As demais unidades industriais da Marfrig, em especial a planta de Chupinguaia (RO), absorverão o volume que era abatido e processado em Ji-Paraná para abastecer os mercados conforme necessário”.

FONTE: RONDÔNIAGORA E ASSESSORIA