Agropecuária foi o setor com o maior número de trabalhadores em 2020, em RO

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio foi realizada pelo IBGE. Dados são do último trimestre de 2020. Taxa de desocupação aumentou quase 35% no último trimestre de 2020.

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Setor da agropecuária foi o que mais teve pessoas empregadas em 2020, segundo IBGE — Foto: NetWord Agro

A taxa de desocupação em Rondônia aumentou 34,8% no último trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse cenário, o setor agropecuário foi o que mais garantiu pessoas ocupadas.

Segundo a pesquisa, trabalhavam em áreas relacionadas à agropecuária 172 mil pessoas em 2020, o que corresponde a 23% da população empregada em Rondônia.

Na sequência, o setor que mais ocupou foi o do comércio, com 137 mil empregados (18,4% do total), logo a frente da administração pública, com 129 mil trabalhadores (17,3% do total).

Desocupação

Nos últimos três meses de 2019, o estado tinha 70 mil pessoas sem emprego ou ocupação. No ano seguinte esse número passou para 95 mil.

A taxa que em Rondônia era de 8% nos últimos três meses de 2019 passou para 11,3% em 2020. Esta é a segunda maior taxa registrada desde 2012, quando a PNAD Contínua começou a ser realizada.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maior diminuição no número de ocupados foi entre os empregados do setor privado com carteira assinada. Entre os anos de 2019 e 2020 o número passou de 228 mil para 198 mil. Já no setor público essa redução foi de 17 mil pessoas.

Informalidade

Nos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado, 48,3% trabalhadores estavam na informalidade. Os que trabalham por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores domésticos que não têm carteira assinada foram os que apresentaram os maiores índices: 86,9% e 84,4% respectivamente.

Desalentados

Na comparação entre esses dois anos, o número de pessoas que desistiram de procurar emprego, os chamados desalentados, também subiu. Em 2019 eram 21 mil pessoas nessa situação, passando para 36 mil no ano seguinte.

Em todo o Brasil o aumento no número de desalentados foi de 25,3%, chegando a 5,7 milhões de pessoas.

Fonte: G1