A juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal de Vilhena, decidiu não dar provimento ao pedido de revogação das prisões, que segundo ela, estariam bem fundamentadas e que as provas, contra os acusados, apontam para crimes graves contra o erário público, além da execução de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, situação que afetariam a ordem pública, o que justificaria a manutenção das prisões.
Foram presos na operação, o secretário de administração municipal de Vilhena, Elizeu de Lima, o ex-funcionário público da prefeitura de Vilhena, Nicolau Junior de Souza, o ex-secretário de comunicação de Vilhena, José Luiz Serafim, o ex-diretor do SAAE de Vilhena, Josafá Lopes Bezerra e o ex-chefe de gabinete da prefeitura de Vilhena, Bruno Leonardo Brandi Pietrobon. Todos teriam praticado crimes de desvios de verbas públicas, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Bruno Pietrobon e Josafá Bezerra estão em prisão domiciliar por serem advogados, e neste caso, gozarem de prerrogativas da profissão que lhes garantem o benefício.
Miguel Severino Junior, ex-assessor governamental e por muito tempo secretário de fazenda da gestão José Rover, tem o mandado de prisão expedito, mas ainda não foi localizado.
Um dos donos da Elotech, Rudney Ricardo Rizziolli, foi detido pela Polícia Civil na cidade Maringá no estado do Paraná, onde a empresa tem sua sede. Rudney foi preso pelo envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas em atividades conjuntas com o SAAE de Vilhena.
ENTENDA O CASO
A operação tem o nome Tríade, em alusão aos três núcleos de corrupção investigados dentro da prefeitura de Vilhena: Semosp (Secretaria de Obras), Semcom (Secretaria de Comunicação) e o núcleo Elotech, que envolve o SAAE.
Na secretaria de obras, segundo o delegado Fábio Campos, que esteve a frente das investigações e da operação, teriam sido desviados mais de R$ 1 milhão. Já no caso do SAAE os desvios ultrapassariam a cifra dos R$ 2 milhões. Na secretaria de Comunicação são investigados desvios na ordem de R$ 120 mil.