Os cincos presos na Operação Tríade da Polícia Civil de Vilhena realizada no dia 10 de junho, entraram na justiça com pedido de revogação de prisão, os advogados dos suspeitos se embasaram que o pedido de prisão preventiva, autorizada pela justiça, não se justificaria devido a falta de fundamentação jurídica para a custódia dos acusados.
A juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal de Vilhena, decidiu não dar provimento ao pedido de revogação das prisões, que segundo ela, estariam bem fundamentadas e que as provas, contra os acusados, apontam para crimes graves contra o erário público, além da execução de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, situação que afetariam a ordem pública, o que justificaria a manutenção das prisões.
Foram presos na operação, o secretário de administração municipal de Vilhena, Elizeu de Lima, o ex-funcionário público da prefeitura de Vilhena, Nicolau Junior de Souza, o ex-secretário de comunicação de Vilhena, José Luiz Serafim, o ex-diretor do SAAE de Vilhena, Josafá Lopes Bezerra e o ex-chefe de gabinete da prefeitura de Vilhena, Bruno Leonardo Brandi Pietrobon. Todos teriam praticado crimes de desvios de verbas públicas, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Bruno Pietrobon e Josafá Bezerra estão em prisão domiciliar por serem advogados, e neste caso, gozarem de prerrogativas da profissão que lhes garantem o benefício.
Miguel Severino Junior, ex-assessor governamental e por muito tempo secretário de fazenda da gestão José Rover, tem o mandado de prisão expedito, mas ainda não foi localizado.
Um dos donos da Elotech, Rudney Ricardo Rizziolli, foi detido pela Polícia Civil na cidade Maringá no estado do Paraná, onde a empresa tem sua sede. Rudney foi preso pelo envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas em atividades conjuntas com o SAAE de Vilhena.
ENTENDA O CASO
A operação tem o nome Tríade, em alusão aos três núcleos de corrupção investigados dentro da prefeitura de Vilhena: Semosp (Secretaria de Obras), Semcom (Secretaria de Comunicação) e o núcleo Elotech, que envolve o SAAE.
Na secretaria de obras, segundo o delegado Fábio Campos, que esteve a frente das investigações e da operação, teriam sido desviados mais de R$ 1 milhão. Já no caso do SAAE os desvios ultrapassariam a cifra dos R$ 2 milhões. Na secretaria de Comunicação são investigados desvios na ordem de R$ 120 mil.