VÍDEO: Adolescente é vítima de tortura e tem vídeo divulgado em redes sociais; polícia investiga

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Um grupo de pelo menos cinco mulheres torturaram uma jovem de 16 anos neste último final de semana na cidade de Cacoal. Trechos do crime foi registrado pelo celular de uma das agressoras e compartilhado em redes sociais.

No vídeo, a adolescente aparece sentada e implora para que cessem a tortura, enquanto as mulheres utilizam máquinas de cortar cabelo, tesoura e giletes para raspar o cabelo e a sobrancelha da vítima. Há relatos que as agressões foram motivadas por insultos trocados em uma rede social, entre a menor e uma das mulheres. O crime também teria como motivação um suposto envolvimento da vítima com um homem casado.

No registro é possível ouvir uma das agressoras que diz as outras para “apenas” cortar o cabelo sem machucar a menina. Durante o ato as mulheres usam muitas palavras de baixo calão e obrigam a vítima a olhar para a câmera.

As imagens chegaram ao conhecimento das policias Militar e Civil e um boletim de ocorrência por tortura foi registrado na delegacia da cidade. As agressoras já foram identificadas e deverão se apresentar para prestar esclarecimentos.

No Brasil vigora, desde 1997, a Lei nº 9.455, que define o que é tortura:

Segundo a lei, é considerado ato de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. De acordo com o § 3º, se a tortura resultar em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta em morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

O Vilhena Notícias apurou que a menor foi agredida a golpes de capacete e socos. Ela teria sido atraída até a casa por uma das mulheres, para tomar tereré, mas foi surpreendida pelo grupo logo ao entrar no imóvel. Depois de ter os cabelos cortados e a sobrancelha raspada, a menina teria sido novamente agredida com tapas e chutes quando saía da casa. No vídeo, é possível identificar que uma das agressoras faz uso de tornozeleira eletrônica.

A Polícia Civil abriu investigação.