Tribunal de Júri condena dois homens por tentativa de homicídio

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O Tribunal do Júri de Vilhena condenou, a seis anos, sete meses e dez dias de prisão, João Carlos Costa dos Santos, alcunha “Marafon” e a seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão, Claudiomar Gomes de Souza, popular Cláudio, por tentativa de homicídio. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Rondônia, na noite de 06 de janeiro de 2018, por volta das 19h, na rua 04, atrás da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, em Chupinguaia, os réus tentaram matar a vítima Diego Bill Bastos Ribeiro mediante disparo de arma de fogo. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.

Conforme o MP, o crime foi motivado por vingança, simplesmente por acreditarem que a vítima estaria propagando a outros infratores que os réus seriam ‘caguetas’. João Carlos, 24 anos, foi preso em flagrante delito e o acusado Claudiomar, 43 anos, teve sua prisão preventiva decretada no curso do processo.

No julgamento, ocorrido esta segunda-feira (10), no Fórum Desembargador Leal Fagundes, a defesa pediu a impronúncia do acusado Claudiomar, sob argumentação de não haver prova de o mesmo ter participado do crime, e, a absolvição sumária do réu João Carlos, sob alegação de que ele teria agido em legítima defesa. A defesa tentou derrubar a qualificadora de motivo torpe, o que não foi aceito pelo júri.

A decisão cabe recurso.

Réu já cumpriu pena

João Carlos Costa também é réu em um processo que apura um assassinato. Ele é acusado de ter matado a tiros, em 2017, Erli Teixeira de Abreu, então com 50 anos. O homicídio aconteceu em maio no distrito de Novo Plano, região de Chupinguaia. A motivação do crime foi o atropelamento que provocou a morte de uma garota de 16 anos.

Conforme apuração da Polícia Civil na época, Erli pilotando uma moto em estado de embriaguez atropelou Karina Santos de Oliveira, que estava gestante. A garota morreu dias depois. Para vingar a morte João Carlos foi contratado por parentes da garota para pôr fim à vida de Erli, que foi assassinado com o um tiro no rosto.

Segundo a Justiça, Adilson Pereira Oliveira  e Weslen de Oliveira Araújo,  pai e irmão da jovem, também participaram do crime. O irmão será julgado na próxima quarta-feira (12), assim como João Carlos, já Edilson está foragido.

João Carlos também já cumpriu pena de dois anos e oito meses de prisão por tráfico de drogas.