Depois que 20 motoristas do aplicativo Urbano Norte registraram boletim de ocorrência policial contra os administradores da empresa de mobilidade urbana, o sócio administrador da franquia de Vilhena, Davidson Walace, convocou a imprensa para apontar as motivações que levaram ao descredenciamento dos parceiros. A franquia local tem outros dois sócios.
Os motoristas alegam que foram desligados do serviço sem aviso prévio. Na ocorrência registrada na Polícia Civil nesta terça-feira (28), eles alegam que a mensalidade cobrada pela empresa está paga até o dia 31 de maio e mesmo assim perderam o trabalho.
O que diz a empresa
Uma razão apontada por Walace foi que aplicativo de transporte Urbano Norte sofreu, nos últimos dois meses, um declínio de cerca de 20% no número de passageiros. Esse novo cenário, segundo o sócio, levou os administradores da empresa a adotar novas políticas para fazer frente à queda no número de usuários. Segundo dados da empresa, até o desligamento ocorrido nessa semana a Urbano estava com 90 veículos credenciados atuando em Vilhena, agora, são 67 funcionando através do app.
Walace explicou ainda uma série de motivações para o desligamento em massa, como a falta de vestuário adequado dos motoristas – uma regra imposta pela empresa para garantir boa presença na prestação do serviço aos usuários; motoristas que passavam o contato pessoal para que fossem chamados para corridas fora do aplicativo; além da cobrança indevida de valor do passageiro. Há ainda, segundo a empresa, reclamações de usuários por mau atendimento de alguns motoristas.
“Posso destacar como principal fator para o desligamento a queda do número de passageiros nos meses de abril e maio, porém, o descumprimento das regras da empresa também foi fundamental para descredenciar alguns deles”, declara Davidson Walace.
Sobre o desligamento antes do vencimento da última mensalidade, paga, a empresa esclarece que, foi feita dentro do prazo: “a mensalidade tem vigência do dia 25 ao dia 30 de cada mês, nesse período ela [empresa] pode promover o desligamento do motorista”, pontua Davidson Walace.
“Assim como o motorista, ele não é obrigado mensalmente a manter-se ativo na Urbano, a empresa por sua vez, que é privada, ela não é obrigada a renovar a prestação de serviço. A empresa faz a parceria, mas quando há a necessidade de cortes, ela faz, como qualquer empresa privada”, concluiu Walace.
