Eletricista com fratura no fêmur fica sem atendimento após fisioterapeuta se afastar do CER por falta pagamento

Fisioterapeuta se afastou do trabalho no CER e pacientes agendados para esta segunda-feira, 11, ficaram sem atendimento

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Foto: Vilhena Notícias

Há um mês e meio profissionais da área da saúde estão trabalhando sem receber. O Ministério da Saúde atrasou o pagamento de bolsas no valor de R$ 2.800 líquidos a profissionais residentes em várias especialidades. Cerca de 500 profissionais de diversas regiões do país estão sem receber, segundo a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR). Hoje, o Ministério da Saúde disse que até sexta-feira, 15, os pagamentos serão regularizados.

Em Vilhena, um eletricista de 25 anos vítima de acidente de trânsito sentiu na pele os efeitos do problema. Se recuperando de uma fratura na perna esquerda provocada por acidente de moto, ele procurou o Centro Especializado em Reabilitação (CER) nesta segunda-feira, 11 de maio, para fazer a segunda sessão de fisioterapia. Porém, foi informado que a profissional que o atenderia pediu afastamento das atividades por falta de pagamento.

Sem condição financeira para buscar atendimento na rede privada, o eletricista relata angústia e frustração: “Não me deram nem uma data prévia para eu retornar para a fisioterapia, apenas disseram que a mulher [fisioterapeuta] pediu afastamento por falta de pagamento”.

Procurada, a Prefeitura de Vilhena disse que está “cobrando o Ministério da Saúde com a ajuda da deputada federal Jaqueline Cassol para que seja pago a bolsa da residente”. A reportagem apurou que outros profissionais que atuam na saúde pública do município estão não mesma situação e podem deixar o trabalho.

A assessoria não respondeu se pacientes agendados para consulta com a fisioterapeuta serão remanejados para outro profissional.