OPERAÇÃO TRÍADE: Empresário vilhenense consegue Habeas Corpus no TJ

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O empresário Fausto de Oliveira Moura, proprietário da empreiteira Projetus em Vilhena, que foi preso na Operação Tríade realizada pela Polícia Civil, em 10 de junho, conseguiu a liminar de Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça de Rondônia nesta última sexta-feira, 24 de junho.

Segundo a Polícia Civil de Vilhena, o empresário é acusado de participar de um esquema junto com secretários e membros da prefeitura de Vilhena que pode ter desviado mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos.

De acordo com desembargador do TJ/RO, Renato Martins Mimessi, o acusado deve responder o processo em liberdade. Segundo relatou em sua decisão, não há como o empresário atrapalhar ou influenciar as investigações do caso, já que o fato pelo qual ele está sendo investigado, e que os valores contestados do possível esquema já foram bloqueados da conta da empresa a qual Fausto é sócio.

ENTENDA O CASO

A operação tem o nome Tríade, em alusão aos três núcleos de corrupção investigados dentro da prefeitura de Vilhena: Semosp (Secretaria de Obras), Semcom (Secretaria de Comunicação) e o núcleo Elotech, que envolve o SAAE.

Na secretaria de obras, segundo o delegado Fábio Campos, que esteve a frente das investigações e da operação, teriam sido desviados mais de R$ 1 milhão. Já no caso do SAAE os desvios ultrapassariam a cifra dos R$ 2 milhões. Na secretaria de Comunicação são investigados desvios na ordem de R$ 120 mil.

Na operação foram presos na operação, o secretário de administração municipal de Vilhena, Elizeu de Lima, o ex-funcionário público da prefeitura de Vilhena, Nicolau Junior de Souza, o ex-secretário de comunicação de Vilhena, José Luiz Serafim, o ex-diretor do SAAE de Vilhena, Josafá Lopes Bezerra e o ex-chefe de gabinete da prefeitura de Vilhena, Bruno Leonardo Brandi Pietrobon. Todos teriam praticado crimes de desvios de verbas públicas, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Bruno Pietrobon e Josafá Bezerra estão em prisão domiciliar por serem advogados, e neste caso, gozarem de prerrogativas da profissão que lhes garantem o benefício.

Miguel Severino Junior, ex-assessor governamental e por muito tempo secretário de fazenda da gestão José Rover, tem o mandado de prisão expedito, mas ainda não foi localizado.

José Luiz Serafim já estaria em prisão domiciliar, devido a possível cooperação nas investigações do caso que envolve a SEMCOM, mas a polícia civil não confirma.