Mulheres na ciência, mulheres na docência: desafios, superações e luta

Mulheres são minoria na docência em 21 UFs do Brasil. Taxa de desocupação é maior entre mulheres que entre homens. Dados de 2019 foram divulgados pelo IBGE este mês.

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Foto: Reprodução

As mulheres representam 48,8% dos docentes do ensino superior em Rondônia. Elas são minoria na docência do ensino superior em 21 unidades federativas (UF). Os dados foram compilados pelo G1 com base em relatórios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao ano de 2019.

No ranking nacional, a maior proporção de mulheres docentes está na Bahia, com 51,8%, e o menor em São Paulo, com 43,4%.

Entre os anos de 2015 e 2019 houve um aumento de 1,2% na taxa de mulheres lecionando no ensino superior em Rondônia. O Distrito Federal foi a UF com a maior taxa de aumento na participação feminina (3,3%) enquanto o Piauí teve a maior redução nesse mesmo período (- 0,9%).

Mulheres na ciência, mulheres na docência: desafios, superações e luta

Se hoje as mulheres compõem o perfil predominante nas universidades brasileiras – 57,2% de estudantes em cursos de graduação, segundo o mais recente Censo do Ensino Superior do Inep –, essa vantagem não se traduz nas posições mais avançadas da academia.  No mesmo levantamento foi constatado que o perfil típico de docentes, tanto em instituições públicas quanto privadas, ainda é masculino: de 384 mil docentes da Educação Superior, 45,5% são mulheres, mesma porcentagem constatada no Censo de 2011.

Taxa de desocupação

As “Estatísticas de Gênero” divulgadas pelo IBGE na última semana também mostram que a desocupação é maior entre mulheres do que entre os homens no Brasil, assim como é maior entre pessoas pretas ou pardas em comparação com as brancas.

Em 2019 a taxa de desocupação no estado foi de 8,1%, sendo 6,5% entre homens e 10,2% entre mulheres. Em relação a cor, Rondônia é a única UF em que a taxa de desocupação é maior entre mulheres brancas (11,6%) do que pretas ou pardas (9,8%).

Horas dedicadas a afazeres domésticos

As horas dedicadas a afazeres domésticos ou a cuidados de pessoas aumentou cerca de 7,5% entre os anos de 2018 e 2019. Os dados são referentes a pessoas com mais de 14 anos. Em 2018 a média era de 15,3 horas semanais e passou para 16,5 horas em 2019.

Nesse período foi registrado um aumento no tempo médio dedicado a essas atividades pelos homens (9,5%), mas ainda são as mulheres que continuam utilizando mais tempo com o cuidado doméstico. Em 2019 mulheres gastaram cerca de 21 horas semanais com afazeres domésticos, e homens gastaram em média 11,2 horas.

 

Com informações do G1 e UFMG