Mulher é presa durante operação que investiga homicídio em Vilhena; outra suspeita segue foragida

Ação denominada “Femina Occulta” foi deflagrada pelas forças policiais e apura crime com possível ligação a facção criminosa.

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Em uma operação conjunta realizada na manhã desta sexta-feira (17), a Polícia Civil e a Polícia Militar de Rondônia deflagraram a Operação Femina Occulta, que resultou na prisão de uma mulher suspeita de envolvimento em um homicídio de extrema violência ocorrido em Vilhena.

A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada no Combate aos Crimes Contra a Vida (DERCCV), com o apoio do 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM). Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em locais ligados às investigadas.

Uma das suspeitas foi localizada e presa, enquanto a segunda mulher, também alvo de mandado de prisão temporária, permanece foragida.

A vítima, identificada como Ivone Maria Bento de Freitas, de 50 anos, foi encontrada sem vida e decapitada no dia 30 de agosto de 2025, em uma área de mata no bairro Alvorada, em Vilhena. O corpo foi localizado após denúncias sobre seu desaparecimento e a circulação de um vídeo nas redes sociais que mostrava o momento da execução.

Ivone estava desaparecida desde o dia 28 de agosto. Durante buscas, policiais militares perceberam urubus sobrevoando uma região de mata e, ao averiguar, encontraram o corpo em condições semelhantes às imagens divulgadas.

A Polícia Técnico-Científica (Politec) realizou a perícia no local e recolheu um celular que estava com a vítima. Familiares foram acionados e confirmaram a identidade. Após os trâmites legais, o corpo foi encaminhado pela funerária de plantão.

De acordo com as investigações, Ivone teria envolvimento com o tráfico de drogas, e o assassinato foi ordenado por membros de uma facção criminosa conhecida como Comando Vermelho (CV). A motivação estaria relacionada a uma quebra de fidelidade comercial na compra de entorpecentes — a vítima teria adquirido drogas de um grupo rival.

A mulher presa nesta sexta-feira é suspeita de ter colaborado diretamente com os executores, oferecendo apoio logístico e atuando de forma discreta. Essa característica inspirou o nome da operação: “Femina Occulta”, expressão em latim que significa Mulher Oculta, uma referência à atuação velada das investigadas e ao papel estratégico desempenhado nos bastidores do crime.

A segunda suspeita, Lays Santos Brito, continua foragida. As forças de segurança divulgaram sua imagem e pedem a colaboração da população para localizá-la.

Denúncias anônimas podem ser feitas pelos seguintes canais:
📞 (69) 3322-3001 ou 197 (WhatsApp) – Polícia Civil
📱 (69) 99114-3649 – WhatsApp da DERCCV
📞 (69) 3322-3935 – Polícia Militar (3º BPM)

A Polícia Civil reforçou que a participação da comunidade é essencial para a prisão dos envolvidos e para o avanço das investigações.

De acordo com o delegado responsável, a Operação Femina Occulta representa mais um esforço das forças de segurança de Rondônia no enfrentamento aos crimes contra a vida.

> “Nosso objetivo é assegurar que todos os participantes desse homicídio respondam judicialmente, conforme o papel que desempenharam”, afirmou o delegado.

A suspeita detida foi encaminhada ao presídio feminino de Vilhena, onde permanece à disposição da Justiça. As investigações continuam, e novas diligências poderão ocorrer nos próximos dias.