Maziero defende recusar atendimento a pacientes com covid-19 de outras cidades; Samir rebate: “acolhimento é questão humanitária”

Vereador Rafael Maziero é contra abrir vagas de UTI para pacientes de outros

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Num sentido de garantir exclusividade de leitos de UTI para a comunidade vilhenense, o vereador Rafael Maziero (PSDB) fez uma live hoje pela manhã e disse que é “absurda a possibilidade que pacientes de outros municípios diagnosticados com o novo coronavírus sejam transferidos para serem tratados em Vilhena”. “Leitos de Vilhena são para os vilhenenses”, afirma Maziero. (Assista ao vídeo.)

Ontem, terça-feira (2), o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, disse que foi atingida a lotação máxima dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Porto Velho para o tratamento de pacientes com coronavírus. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) conseguiu disponibilizar oito leitos para tratamento da doença no Hospital João Paulo II. A preocupação é que, com a subida rápida no número de casos confirmados no estado, principalmente na capital, doentes comecem a ser enviados para a cidade de Cacoal, definida pelo Estado como referência na covid-19.

O temor é que o sistema de saúde do município entre em colapso em poucas semanas. Se isso acontecer, pacientes poderiam ser enviados para Vilhena, que há mais leitos de UTI que Cacoal. Veja no PAINEL COVID-19 o atual cenário do sistema de saúde de Vilhena.

Ainda Maziero

Em um segundo vídeo gravado, ainda hoje, o parlamentar lembra que o Hospital Adamastor Teixeira de Oliveira, o Regional, integra a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), porém, é mantido quase que integralmente com recursos municipais e, portanto, deve garantir prioridade à comunidade local. (Veja o vídeo.)

O vereador diz que o cenário de combate ao coronavírus em Vilhena é um dos melhores do estado, isso porque o município fez a sua parte para mitigar os efeitos da pandemia.

Atendimento ao doente é causa humanitária, defende Samir Ali

Foto: Renato Spagnol/Arquivo

Procurado pelo Vilhena Notícias, o vereador Samir Ali foi taxativo em afirmar que “fechar as portas para uma pessoa que busca tratamento de saúde é praticamente condená-la à morte” e, emendou: “é uma questão humanitária e quando o assunto é salvar vidas, não há o que se discutir”. Samir disse que discorda categoricamente do colega parlamentar e justifica que o momento é de solidariedade e, por isso, as cidades da região que estão com capacidade de leitos disponíveis devem ceder eles a pacientes com o novo coronavírus.

Samir reforça que é preciso cobrar de maneira enérgica do Governo Estadual que aparelhe outras unidades de saúde pelo interior do Estado, para que mais municípios tenham condições de tratar seus doentes.