LOCKDOWN: Lei municipal prevê lockdown com 80% leitos gerais, mas secretário diz que em todo país o que vale são os leitos de UTI

Sem poder de deliberativo, mesmo que o comitê gestor peça o lockdown, a lei municipal deve ser obedecida ou alterada.

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Uma enorme confusão está sendo formada em torno de um assunto muito sério, que envolve o emprego e subsistência de milhares de famílias em Vilhena.

Hoje o secretário de saúde, Afonso Emerick, concedeu uma entrevista ao site Folhadosulonline.com.br, no qual expôs sua preocupação sobre o lockdown e o ritmo de contaminação em Vilhena. Ele disse que se mais três leitos da UTI fossem ocupados a cidade iria “fechar”.

Contudo em conversa com o Vilhena Notícias, o secretário esclareceu que a lei municipal é genérica e cita 80% dos leitos gerais. “Em todo o Brasil, os lockdowns estão previstos de acordo com a ocupação dos leitos de UTI e não leitos gerais.”, explicou.

O secretário ainda tabulou que, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao
Coronavírus – COPEN-VHA tem debatido muito a alteração desta lei, para se alterar esse artigo. “Alguns entendem que devamos seguir o resto do país, e quando houver 80% dos leitos de UTI preenchidos, façamos o lockdown. Para alterar isso, teremos que encaminhar uma lei para a Câmara votar”, disse Emerick.

Questionado se não seria melhor deixar a lei como está, já que dificultaria o lockdown e mais prejuízos à economia de Vilhena, o secretário afirmou, “Por enquanto sim, mas terá um momento que será inevitável alteramos a lei, se a população não se conscientizar e evitar aglomerações e contatos desnecessários”, disse.

NÚMEROS ATUAIS DE INTERNADOS

Atualmente, nesta sexta-feira, 26 de junho, às 17h30, Vilhena tem 32% leitos destinados à Covid ocupados. Cinco pessoas na UTI e sete na enfermaria da Central Covid.

Pela atual lei municipal relacionado ao combate do Covid, se o número de internados chegar a 30 pessoas, o comércio da cidade deverá ser fechado (Lockdown) e o direito das pessoas de circularem sem motivos pela cidade segregado.