O Departamento de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação (Semed) entrega desde o início do ano milhares de kits alimentícios para os alunos da rede municipal de ensino. Os alimentos são comprados através de recursos do Governo Federal que eram destinados à merenda escolar e que agora, durante a pandemia, foram revertidos em kits.
Embora os kits estejam disponíveis para todos, são distribuídos através das escolas para todos os alunos matriculados na rede municipal com critérios de prioridade, atendendo primeiro alunos cadastrados no Bolsa Família ou que estão em situação de vulnerabilidade alimentar. No caso das verduras, frutas e legumes, toda semana os produtores da agricultura familiar realizam a entrega no pátio da Semed e esses alimentos são enviados para as escolas, visando contemplar pelo menos um kit para cada aluno, até atender todos os mais de 11 mil estudantes.
O valor médio repassado pelo Governo Federal para ser investido por mês para cada aluno é de R$ 21,40 para as creches, R$ 10,60 na Pré-Escola, R$ 7,20 no Ensino Fundamental e Médio, R$ 6,40 na Educação de Jovens e Adultos e R$ 21,40 por aluno do Ensino Integral. Com este recurso a secretaria adquire alimentos secos, como arroz, feijão, macarrão, sal, óleo, fubá, canjiquinha, entre outros. Além disso, 30% do valor recebido é investido na compra de alimentos perecíveis, como verduras, legumes e frutas, que são comprados de agricultores familiares da região.
“Nós queremos explicar aos pais e responsáveis que a quantidade direcionada aos nossos alunos nas escolas como merenda escolar é diferente daquela que usamos para atender as famílias. Por exemplo, com mil pacotes de arroz de 5 quilos atendemos por mês as nossas 30 escolas, sendo mais de 11 mil alunos por dia, enquanto esse mesmo arroz se distribuído em kits atenderia somente mil famílias. Com as verduras, legumes e frutas é o mesmo. Na semana passada distribuímos 900 unidades de abacaxi, suficientes para 900 famílias. Se esse alimento fosse processado na cozinha da escola e entregue como merenda, poderia atender como lanche da tarde ou sobremesa pela manhã pelo menos 10 mil alunos. A logística de distribuição é diferente e por isso as quantidades são diferentes”, explica o secretário de Educação, Ronaldo Alevato.
Nivea Gonçalves, chefe do departamento de Alimentação Escolar, deixa claro que se as aulas estivessem em curso, não faltariam alimentos nas escolas. “A merenda escolar foi adquirida de forma a suprir a necessidade de alimentação do estudante no período que se encontra em aula. Mas, quando transformamos em kits é para somente auxiliar na alimentação fora da escola”, explica.
Famílias que precisem de ainda mais apoio alimentar podem procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social que tem feito trabalho extenso aos prejudicados pela pandemia em Vilhena.
Semcom
LOGÍSTICA DE ENTREGA dos alimentos aos alunos com kits é diferente do processamento da merenda nas escolas, Semed explica