Jovem que confessou ter matado namorada de 16 anos deve ser indiciado por feminicídio, em RO

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Adolescente Viviane Lopes da Silva, de 16 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

O jovem de 22 anos que confessou essa semana ter matado a namorada, Viviane Lopes da Silva, de 16 anos, deve ser indiciado por feminicídio, segundo informou a Polícia Civil nesta quinta-feira (14). O caso aconteceu no início da semana em Ariquemes (RO). O suspeito está preso preventivamente.

De acordo com o delegado Rodrigo Camargo, no dia do crime, quando a polícia chegou na casa do rapaz, ele estava sozinho com a vítima e aparentava estar calmo. Na época, ele ainda alegava que uma terceira pessoa teria entrado na residência para roubar e matado a adolescente.

“Ainda no local do crime, ele estava muito tranquilo, aparentava um estado de ânimo totalmente normal, bem diferente daquilo que se espera de alguém que perdeu uma namorada, uma pessoa que tenha um sentimento, um carinho ao menos afetivo”.

Durante a perícia, foi verificado que a menina havia sido morta com um tiro de espingarda. O delegado conta que descobriram que o pai do suspeito tinha uma arma do mesmo modelo. Essa espingarda foi encontrada na casa de um vizinho, ainda com o cartucho no cano. A arma foi encaminhada para a perícia.

Na última quarta-feira (13), confrontado com as provas, o suspeito confessou o crime e disse que o pai tinha uma arma em casa, que ficava sempre no quarto. O jovem também disse que teria pegado a arma apenas por brincadeira, pois queria ouvir o barulho do gatilho e assustar a namorada.

“Nós sabemos que essa versão não prospera. Ele será indiciado por feminicídio porque nós sabemos que ele já vinha em um histórico de discussão, de brigas com a Viviane, então é bem provável que naquele momento eles tenham tido alguma desavença que o levou a pegar essa arma que estava no quarto do pai, apontar em direção à ela, praticamente encostar a arma (na vítima) e efetuar o disparo”.

Ainda conforme a polícia, familiares da vítima relataram que os dois estavam em um relacionamento há cerca de seis meses e que as brigas eram frequentes nesse período.

Após o crime, o pai do rapaz disse ter retirado a arma da residência e a levado para a casa de um vizinho, que também foi ouvido pela Polícia Civil. O pai pode responder por posse ilegal de arma de fogo, assim como o vizinho, que guardou a espingarda.

A polícia aguarda a conclusão dos laudos de local de exame de crime, balística e corpo de delito para finalizar o inquérito.

 

FONTE: G1 RO