
Supermercados, mercados e lojas de Vilhena têm permitido apenas a entrada de uma pessoa por família para a realização de compras. A medida vem sendo adotada durante a pandemia do novo coronavírus e visa reduzir os riscos de contágio pelo vírus.
O momento é de adaptação, no entanto, a pandemia vem mostrando que muitas pessoas não estão sabendo lidar com essa nova realidade. Se por um lado mães e pais reclamam de não poderem ir às compras com os filhos, por não ter com quem deixá-los, do outro, comerciantes apontam que a permanência de duas ou mais pessoas da mesma família em pequenas empresas com espaço físico limitado aumenta as dificuldades dos comércios neste momento de pandemia.
Na condição de anonimato, um comerciante falou com a reportagem e apontou as dificuldades que ele, e outros colegas empresários, têm enfrentado.
“A capacidade máxima da minha loja, segundo a notificação da prefeitura, é para cinco pessoas. Dois atendentes são permanentes e se entrar uma mãe com dois filhos eu chego à capacidade máxima e fico impedido de atender outros clientes naquele momento”. Segundo a prefeitura, durante a pandemia as empresas só podem liberar uma pessoa a cada 20 metros quadrados, conforme área útil de circulação do estabelecimento.
Pequenos comerciantes pedem colaboração para sobreviver durante crise
A limitação de pessoas dentro dos estabelecimentos comerciais tem reduzido o número de clientes atendidos por dia e impactado nas vendas. Por isso, empresários pedem que somente uma pessoa por família vá às compras. Para os pais, que não têm com quem deixar os filhos pequenos, a orientação é para evitar os horários de pico, principalmente em supermercados.
Comerciantes apontam ainda que pessoas da mesma família têm entrado separadas para burlar o controle na porta dos estabelecimentos. “Eles [famílias] entram separados, mas lá dentro se reúnem. É preciso ser honesto com o comércio e consigo mesmo”, pede um comerciante do ramo alimentício.