Governadores de 22 estados marcam data para definir possível lockdown no país; Rondônia pode ficar de fora

Fórum de Governadores decidirá sobre medidas até o dia 14 de março.

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Foto: Reprodução

O governador Mauro Mendes (DEM) assinou, com outros 22 governadores, o pacto nacional para implantar medidas mais restritivas, nos estados. Conforme informou o líder do Fórum Nacional dos Governadores, o governador do Piauí, Wellington Dias, até o dia 14 de março, os governadores acertarão as medidas a serem implementadas, dentre elas um possível lockdown.

O objetivo é conter o avanço do novo coronavírus, que já matou mais de 260 mil pessoas no país. Segundo Dias, ele e mais 22 governadores estão em acordo.
A assessoria de imprensa do governador do Piauí,  informou que a proposta foi feita por ele e, até o momento, apenas cinco estados não manifestaram uma posição favorável ao pacto, sendo eles: Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Acre e Roraima. No entanto, a consulta aos governadores continua em andamento.

A covid-19 avançou com números elevados de novos casos e mortes levando estados e municípios a adotarem medidas mais restritivas, como fechamento de atividades não essenciais e toque de recolher.

Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está ajudando na consulta para que possam fechar uma proposta. De acordo com ele, a previsão é que ela fique pronta segunda-feira.

Outro assunto a ser debatido entre os chefes dos Executivos estaduais será um “pacto nacional” para a formação de um consórcio para conduzir a negociação de compra de vacinas contra a covid-19.

Consequências

Os estados que não participarem do pacto podem ficar de fora de uma futura ajuda mutua entre os entes federativos. Em Rondônia, por exemplo, o sistema público de saúde colapsou em janeiro e fevereiro e leitos de UTI atingiram lotação máxima de 100%. Com isso, o estado enviou pacientes para outras localidades, como Paraná e Rio Grande do Sul.

“Não adianta o meu Estado fazer e outro não fazer. Isso é o que chamei de ‘enxugar gelo’, ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente”, afirmou o governador piauiense em entrevista à GloboNews no último domingo (7.mar.2021).

A decisão de não participar do pacto entre estados pode deixar Rondônia de fora do consórcio nacional para a compra de doses de imunizantes antiCovid-19.

O Brasil atravessa o pior momento da pandemia, com recordes diários de casos e mortes. Somou 1 milhão de novos diagnósticos em 17 dias. Foi o período mais curto em que o país acumulou essa quantidade de infectados.

 

Com informações do MT Repórter e O Globo