Filhos de policial morto são investigados por fraudar documentos para ter aposentadoria indevida

Advogados também são investigados.

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Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira, 7 de maio, a Operação Desonra, que investiga fraude na concessão de pensão por morte de um policial civil do ex-Território Federal de Rondônia, na capital Porto Velho.

Cerca de 28 agentes federais cumpriram sete mandados judiciais de busca e apreensão, seis deles nas residências dos investigados (cinco em Porto Velho, um em Buritis e um em Campo Grande/MS), e outro num escritório de advocacia, todos expedidos pela Justiça Federal em Porto Velho. A decisão judicial decidiu pelo bloqueio de valores dos investigados existentes em contas bancárias e a apreensão de veículos para ressarcimento do prejuízo causado ao erário.

Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que quatro irmãos (filhos do servidor público falecido) agiram em conluio com outros investigados para falsificar documentos sobre a união estável que nunca existiu entre o servidor falecido e a mulher que recebe a pensão por morte.

No período investigado, de 2017 ao início de 2019, constatou-se que o valor da pensão por morte pago indevidamente aos investigados já superou o valor de R$ 320 mil.

Há indicativos da participação dolosa de advogados na fraude documental, falsidade ideológica e a prestação de informações falsas perante o Judiciário, notadamente no processo judicial de reconhecimento de união estável e processo administrativo para concessão do benefício.

Os investigados serão interrogados na Polícia Federal e responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

O nome da Operação Desonra faz referência à conduta dos quatro irmãos que, em desonra à memória do falecido pai, usaram o nome dele para cometerem crime contra o patrimônio público da União. As informações são do TNOline.