ESPECIAL MAMÃES: Carimbo de placenta eterniza nascimento de bebês em Vilhena

Projeto tem sido desenvolvido pela 6ª e 7ª turma de Residência em Enfermagem Obstetrícia em Vilhena.

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Por si só, o nascimento de um filho já é algo marcante. Aliado a isso, os residentes da 6ª e 7ª turma de enfermagem obstetrícia em Vilhena, veem dando sequência a um projeto bem interessante e que transfigura para o papel o ato de nascer. É o Projeto Carimbo de Placenta, que visa presentear as mamães em forma de arte, simbolizando a ligação entre mãe e filho.

O processo é simples, mas de um valor inigualável. Logo após o parto, o material humano (placenta) é recolhido e pintado com tinta guache, depois ele é carimbado numa folha de sulfite tamanho A1 e está eternizada aquilo que claramente se parece com uma “árvore da vida”. A escolha das cores é feita pela mãe e o desenho é sempre entregue sob fortes emoções.

Carimbo de Placenta já confeccionado e pronto para ser entregue a mãe.

A enfermeira obstetra Cláudia Lucrécia é a coordenadora da Residência em Vilhena.

Nós conversamos com Karoline Garate, Enfermeira, 25 anos, uma das colaboradoras e uma das mais entusiastas do projeto. “As mamães querem uma lembrança do nascimento do bebê delas, e a forma que vimos de “construir” essa lembrança é através do carimbo da placenta, que chamamos de “a casinha do bebê” onde durante um período de tempo foi o lar deles”, contou.

De acordo com relatos de Garate, cerca de 40 mães por mês, levam para casa a lembrança especial. Em Vilhena nasce em média 170 novos bebês mensalmente, visto que o Hospital Regional recebe gestantes de vários municípios em volta. “Algumas ainda não sabem sobre o carimbo na placenta. Geralmente nós oferecemos e quase sempre temos uma resposta positiva. Outro fator é que esse tipo de procedimento é mais comum em partos normais, por que é bem mais simples. No parto cesariana a placenta geralmente é descartada assim que retirada”, disse a enfermeira.

Mamãe Cleonice recebendo seu carimbo e posando para foto.

Uma das histórias mais legais na confecção do carimbo foi o da mamãe de gêmeas, Cleonice, que na última quarta-feira, deu à luz a duas meninas, Mariah e Mariana e marcou esse momento eternamente com o carimbo na placenta.

“O PARTO OCORRE”

Vilhena conta hoje com doze (12) residentes de obstetrícia. São seis (6) no Centro Obstétrico, dois (2) no CTI neonatal, dois (2) na maternidade, um (1) na UBS e um (1) no CER. Quando ocorrem partos cirúrgicos, cerca de 2 residentes no mínimo, entram na sala de cirurgia. De acordo com Karol, pelo menos três pessoas são necessárias para a realização de um parto. “Mas hoje, com o programa de residência, temos uma equipe mais completa.  Cerca de 5/6 profissionais acompanham o trabalho de parto. Entre Enfermeiros, técnicos de enfermagem e médico”, lembrou.

A enfermeira lembra que dependendo da mulher um trabalho de parto demora horas. “Tem mulheres que ficam em trabalho de parto (dilatação e contrações efetivas) durante 8 horas, outras tem duração de 4 horas em trabalho de parto, outras chegam a 12 horas, mas tudo isso é compensado quando temos uma nova vida em mãos e podemos celebrar um nascimento juntas”, finalizou.

Placenta sendo customizada para carimbar o papel.
Resultado do Carimbo da Placenta já com o recém-nascido.