Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar resultou na prisão de diversas pessoas, incluindo advogados, policiais penais e militares, em Ariquemes, nesta quinta-feira (2). Os detidos são suspeitos de integrar uma organização criminosa envolvida em homicídios, tráfico de drogas e corrupção, conforme apontam as investigações.
Foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão contra os suspeitos. A investigação que levou às prisões foi desencadeada pela ação de um falso advogado que alegava representar uma facção criminosa local. Esse indivíduo teria recrutado outros advogados para atuar como colaboradores do grupo, transmitindo informações e mensagens.
Descobriu-se, também, que líderes da facção, mesmo estando presos, continuavam a influenciar as atividades criminosas externas por meio de comunicações clandestinas. Entre os servidores públicos identificados como parte do esquema estão:
- Um policial militar.
- Dois policiais penais, sendo que um deles era o diretor do presídio de Ariquemes.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Em decorrência da operação, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) realizou uma revista na unidade prisional onde, recentemente, ocorreu uma fuga de detentos ligados a facções. Na segunda-feira (29), oito apenados escaparam da Penitenciária. Até o momento, apenas um foi recapturado, e os outros permanecem foragidos.
O caso segue sob investigação e, futuramente, será encaminhado ao Ministério Público de Rondônia.
Posição da OAB-RO
A Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia (OAB-RO) declarou que acompanhou a operação para assegurar o cumprimento da legalidade. A entidade informou que o caso será submetido à análise do Tribunal de Ética. Caso as acusações sejam comprovadas, os advogados envolvidos poderão enfrentar a perda do direito de exercer a profissão.