Candidato que perdeu pai e mãe este ano quer lutar por melhorias na Saúde em Vilhena

Fabiano Weiss é caminhoneiro há 20 anos.

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Com foco bem definido, mas sem deixar de abranger outras áreas do município, o candidato filiado ao Partido Social Brasileiro (PSB), Fabiano Caminhoneiro, quer lutar pela melhoria na Saúde de Vilhena. “É quase como uma candidatura de protesto, já que vivi na pele o desmantelo que é a rede pública de saúde em Vilhena. Perdi meu pai para a Covid aqui em Vilhena e precisei levar minha mãe para outra cidade, depois de um AVC. Ela também faleceu”, revelou.

Nascido em Joaçaba-SC, o pretendente a uma cadeira na Casa de Leis, tem 40 anos, é casado e pai de dois filhos. Morador da Vila Operária, Fabiano conta que veio para Vilhena com apenas um ano de idade. “Me sinto vilhenense, estudei, cresci, me casei e crio meus filhos aqui, então meu coração é dessa cidade. Vou colocar toda a disposição que tenho caso seja eleito”, avaliou.

Pela primeira vez na disputa eleitoral, o aspirante diz que não adianta reclamar se não fizer nada. “Vejo muitos reclamando, eu mesmo já reclamei muito, mas é hora de arregaçar as mangas e ir de frente contra o problema. Ninguém aguenta mais essa história de não tem dinheiro para a saúde. O Hospital Regional de Vilhena é uma vergonha”, argumentou.

O candidato diz que será casca grossa quando se trata do papel principal do vereador, que é o de fiscalizar. “Independentemente de quem o prefeito indicar para ser o diretor do hospital e secretário de saúde, é preciso estar em cima, cobrando. E se eles não estiveram dando conta, que peçamos a cabeça dele”, disparou.

PERDA DO PAI E MÃE

Fabiano contou que após dias internado, seu pai faleceu no dia 19 de agosto no Hospital Regional de Vilhena, vítima da Covid-19. Exatamente um mês depois, sua mãe sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e após três dias em um dos leitos do HR em Vilhena, foi transferida para Cacoal. De lá, precisou ir para a capital do Estado. A matriarca entrou em coma e faleceu no dia 10 de outubro.

“O que posso dizer dessas duas experiências é que não havia preparo nenhum aqui em Vilhena. A qualidade dos leitos foram outros pontos negativos. Enfim, quero lutar para mudar isso”, finalizou Fabiano.