Banheiro coreano que custou fortuna está fechado mais uma vez

O banheiro idealizado pelo ex-prefeito Marlon Donadon, instalado em frente ao estádio Portal da Amazônia, está fechado. A obra que teria custado cerca de R$ 200 mil.

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O banheiro idealizado pelo ex-prefeito Marlon Donadon, instalado na Praça do Shopping, em frente ao estádio Portal da Amazônia, está fechado. A obra que teria custado cerca de R$ 200 mil, teve problemas com o teto, que desabou pela segunda vez.

O banheiro de design moderno foi inspirado num parecido em Seul, Coréia do Sul, o qual foi visto por Marlon Donadon, que resolveu construir uma cópia em Vilhena.

Na época ele alegou que a Praça do Shopping, precisaria de uma construção, no caso um banheiro, que atendesse aos diversos eventos culturais e esportivos que acontecem com freqüência no local ou nas proximidades.

Contudo, depois de seis meses da inauguração do banheiro, que aconteceu em julho de 2009, a obra foi fechada, por problemas no teto. Depois, em abril de 2010, durante eventos na Praça do Shopping, estádio e ginásio municipal, o banheiro não conseguiu atender a demanda e foi trancado novamente.

Conforme um dos vigilantes do local, Adão Lopes de Lima, o banheiro está fechado há 20 dias. Diante disso, serão gastos cerca de 8 mil na nova reforma, visto que na anterior, foram gastos por volta de 4 mil, revelou o atual prefeito José Rover.

Ainda de acordo com Rover, o ex-prefeito Marlon Donadon teria investido R$ 90 mil no banheiro, mas não teria terminado antes do fim de seu mandato. Desta forma, Rover afirmou que finalizou o banheiro, gastando apenas R$ 30 mil, isso porque o projeto inicial da obra estava previsto em R$ 214 mil.

O vereador José Cechinel avalia esta construção como desastrosa. “Esta obra é símbolo de um período triste de Vilhena e de uma administração vergonhosa”, ressaltou. Já a vereadora Eliane enfatizou que o município tem outras prioridades. “As pessoas sem atendimento na saúde e um prefeito constrói um banheiro milionário”, destacou.

O presidente da câmara, Marco Cabeludo, também acredita que não havia a necessidade da construção de um banheiro tão suntuoso. “Com o dinheiro desta obra, daria para construir banheiros simples em várias praças da cidade, atendendo da mesma forma a população”, disse.

A vendedora, Marlene da Silva, que faz caminhada pelo local todos os dias, contou que o dinheiro público foi utilizado de forma supérflua. “O Marlon queria fazer algo para ele ser lembrado e usou o dinheiro do povo. Com isso, acabou construindo um banheiro milionário, enquanto faltavam médicos para atender as pessoas”, enfatizou.