A prefeitura de Vilhena em 2019 emitiu guias de IPTU no valor aproximado de R$ 14,9 milhões, e após a criação do projeto de lei para aumento do IPTU por parte do prefeito, Eduardo Japonês (PV), e a aprovação do projeto pelos vereadores, a prefeitura emitiu a cobrança de R$ 24 milhões em guias de IPTU em 2020.
O aumento ultrapassa os 61% de um ano para o outro, apesar de haver contribuintes que tiveram seus IPTU reduzidos, a grande maioria teve aumentos na média de 40%. Segundo a prefeitura o aumento corrigiu índices que estavam estagnados há anos, e também fez justiça aumentando o imposto de grandes propriedades que pagavam pouco imposto.
“Havia donos de quarteirão inteiro próximo ao centro, que pagavam apenas R$ 1.500 de IPTU”, disse uma fonte da prefeitura ao site.
Porém, boa parte da população está extremamente insatisfeita com o prefeito Eduardo Japonês por causa do grande aumento do imposto, ao qual muitos classificam como abusivo. Insatisfação que pode ser comprovada nas redes sociais.
Algumas pessoas confirmaram que entrarão na justiça para tentar reverter o aumento.
CRÍTICA DE UM MILIONÁRIO
O mega empresário Jaime Bagattoli, dono de dezenas de propriedades urbanas na cidade, declarou que a atual gestão de Eduardo Japonês achou que Vilhena seria igual a cidades do Mato Grosso como Lucas do Rio Verde e Sapezal, onde o IPTU é mais caro.
Segundo Bagattoli, nessas cidades há muito dinheiro circulando por causa do agronegócio, que as mantem, mas Vilhena não vive do agronegócio e as pessoas aqui não tem condições de pagar impostos do mesmo nível do que lá.
CRÍTICA DE UMA TRABALHADORA
Uma moradora do bairro Alto dos Parecis procurou o VILHENA NOTÍCIAS na semana passada e criticou o aumento do IPTU de sua casa, que chegou a 41%.
Segundo ela, nada justifica um aumento daquele em seu imóvel que ainda é financiado e não recebeu asfalto e nem qualquer melhoria, inclusive tem alguns postes com as lampadas apagadas em sua rua.
A dona de casa acredita que o imposto deveria ter sido aumentado paulatinamente, ou seja, ano a ano, e não de uma vez.
