Advogado pede quebra do sigilo da delação em que Rover expõe casos de corrupção envolvendo políticos

Ex-prefeito foi preso e condenado por corrupção: PF disse que ele chefiava esquema criminoso.

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O advogado vilhenense Caetano Neto, solicitou nesta segunda feira (3) ao Ministério Público em Vilhena, que apresente requerimento ao Juízo que atua na Ação Penal contra o ex-prefeito José Rover (PP) e o ex-secretário governamental Gustavo Valmórbida, a devida publicidade processual da Delação Premiada, de ambos, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, uma vez que,  não se justifica o sigilo processual pelo princípio da privacidade e intimidade dos envolvidos, visto tratar-se de  crime que envolve recursos públicos.

Na última sexta-feira (28) o advogado em entrevista ao radialista Alexandre Lima, na rádio FM Positiva em Vilhena, programa Jornal da Tarde, disse que estaria apresentando hoje, expediente ao MP na condição de cidadão e eleitor da cidade, visando obter do órgão o requerimento a para dar conhecimento público da Delação Premiada do ex-prefeito José Rover (PP) e do ex-secretário governamental Gustavo Valmórbida.

A delação, afirmou Caetano, “após tramitação no STF em razão de constar nomes de partícipes na Organização Criminosa chefiada por Rover, de parlamentares (deputados federais, ex-deputados e senadores), que em razão do mandato impõe a obrigatoriedade por foro privilegiado, de sua análise naquela Corte Suprema, contudo, a  homologação da delação  já  está juntada aos autos em Vilhena.

Segundo Caetano, “a Lei de Colaboração Voluntária, conhecida como Delação Premiada, é um benefício ao réu em ação penal que aceita colaborar na investigação criminal com entrega de elementos, evidências e quando possível, comprovação da participação de envolvidos, como funcionava, quem fazia parte e como atuavam e ainda, o volume dos recursos envolvidos. No caso do ex-prefeito Rover (PP) e do ex-secretário governamental Gustavo, uma vez que, apresentaram na delação, ex-deputados e deputados federais com mandato, e também senadores, foi necessário à apreciação pelo STF em razão do foro privilegiado, contudo, neste caso que envolve dinheiro do povo, não se justifica o pedido de sigilo processual em nome da privacidade e intimidade dos envolvidos. Eles roubaram o dinheiro do povo, portanto a publicidade, como se observa todos os dias no Jornal Nacional ao apresentar acesso a delação e divulga, revelando que, quando está envolvido dinheiro do povo, o sigilo não se aplica. Do mesmo modo, esperamos tal tratamento no caso de Rover e de Gustavo. O povo precisa saber quem roubou o dinheiro dos vilhenenses, até porque, temos parlamentares, ex-parlamentares, senadores que estão em campanha nessas eleições, o que é um absurdo. Manter o sigilo, é proteger bandidos, corruptos, e pior, com possibilidade de serem eleitos como se éticos e moralistas fossem. Um horror.”

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Autor / Fonte: ASCOM