Mulher é presa no interior de Mato Grosso suspeita de integrar quadrilha que já matou mais de 100 pessoas em RO

O marido fugiu para a mata, deixando esposa e filhos para trás

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Operação xeque-mate (Foto: William Andrade/Rede Amazônica)

A Polícia do Mato Grosso, prendeu na última quinta-feira (24), uma mulher de 21 anos, que integra o grupo criminoso envolvido em diversos homicídios, alvo de uma operação realizada em Rondônia, em abril deste ano. A mulher foi localizada no assentamento Colorado, na área rural de Paranatinga (MT).

A equipe de investigação da Delegacia de Paranatinga monitorava os integrantes da organização criminosa que estavam se escondendo na zona rural do município. Após reunir informações sobre os suspeitos, a equipe de policiais civis, com apoio da Polícia Militar, realizou diligências para prender o casal.

A mulher e o marido são alvos da Operação Xeque Mate, deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia, quando foram presas, em abril, 31 pessoas da mesma família investigadas por diversos crimes, como homicídios, furto, extorsão, tráfico de drogas, assalto a mão armada e ameaças. (LEIA AQUI)

Durante a ação para cumprimento dos mandados judiciais, o homem fugiu pela mata ao avistar as viaturas policiais. Conforme a apuração, ele é um mateiro experiente. A mulher ficou para trás e foi presa pelas equipes policiais. Os dois filhos do casal foram encaminhados ao Conselho Tutelar do município.

Entenda o caso da “Família Mato Grosso”:

A organização é suspeita de matar 100 pessoas no período de 10 anos, ao menos 30 assassinados já foram confirmados relacionados com a “família Mato Grosso”.

Todos os integrantes da organização criminosa são da mesma família, moradores de Monte Negro (RO).

A família começou a dez anos atrás fazendo cobranças em Monte Negro (RO), para empresários locais mediante ameaças e extorsões. Após isso, a família começou a ficar conhecida no meio criminoso e moradores da região passaram a ter medo. Isso porque os parentes matavam qualquer pessoa que desafiasse ou desrespeitasse a família.

Enquanto os crimes não eram descobertos, segundo a Polícia Civil, a família começou a se sentir “poderosa” e assim foi se estruturando como organização criminosa.

A Polícia Civil diz que muitos dos crimes praticados pela família foram reprimidos, alguns parentes até presos, mas os familiares soltos continuavam assassinando seus rivais.