Fernando Dias de Andrade é pedagogo, formado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) em 2008. Atualmente ministra aula na Escola Municipal Marizete Mendes com turma do 5 C. Em 2020 Fernando retornou às suas atividades nas salas de aula após ter ficado afastado para tratamento de saúde por um período.
Ele conta que no seu retorno às aulas no início de 2020, estava tudo organizado e planejado para o ano letivo, cheio de perspectiva, porém assim como todos, foi pego de surpresa no dia 18 de março de 2020 com o inicio da pandemia no país.
As aulas estaduais foram paralisadas após essa data. Fernando diz que foi um momento de muita apreensão ao aguardar até que o governo se posicionasse como ficaria a situação dos alunos.
“Esse momento foi muito desafiador, o pedagogo estava em um momento difícil em que não teve o apoio das instituições, Seduc, Semed. Não sabíamos o que aconteceria, só tínhamos paralisado as aulas. O estado oferece soluções como a plataforma Google Classeroon, E-mail, pois era o que poderia fazer no momento”, diz o professor.
Fernando pontua que é válido dizer que ele tem facilidade com tecnologia, mas imagina a dificuldade de quem não tem essas habilidades, seja os próprios professores ou até mesmo alunos e os pais que estão dando um auxílio durante esse período. Os pais dos alunos como nunca estão tendo um papel muito importante durante esse período.
“É uma missão muito grande para o profissional da educação, tem alguns pais que não acreditam e não apoiam esse novo formato, o on-line, e empurra com a barriga, mas tem outros que imprimem o material para o filho, incentiva e assim nos ajudam”.
Segundo o professor, os pais estão pressionados, muitos estão cursando faculdade, trabalham fora de casa e eles recebem uma sobrecarga, uma pressão e se não houver o cuidado, isso acaba sendo transferido para os filhos.
Foi observando essas situações que Fernando decidiu se reinventar para deixar seus alunos mais tranquilos e uma aula dinâmica .Fernando criou um canal no Youtube para que os alunos pudessem acompanhar as instruções, e assim tornando as aulas mais interativas.
Segundo ele, isso ajudou a manter os pequenos motivados, pois essa nova realidade em frente às telas e com pouca socialização causa estresse e desestabilidade nas crianças.
Através dessa ideia da criação desse meio de interação, o canal, as crianças começaram a produzir em casa, aprendendo, exercendo suas habilidades e brincando.
Apesar dos desafios e desdobramentos que os profissionais da educação enfrentam com o novo formato de aulas, o professor declara que é um desafio que o profissional da pedagogia que é apaixonado pela profissão tem que estar disposto a passar e superar enquanto aguardam a melhora do mundo.