
Foi registrado no dia 14 de março em Rondonópolis- MT ( 972km de Vilhena) um crime bárbaro. O caminhoneiro Cleber Rasia Machado, 39 anos, é acusado de matar Victor Cauã Bianchini Silva, de 17 anos, e ferir outras duas pessoas, em um centro de umbanda localizado no Residencial Farias, em Rondonópolis, a suspeita do crime é que Cleber Rasia não aceitava a orientação sexual do filho, de 13 anos. Antes, a suspeita era de que ele não tolerava a religião do rapaz, o que foi descartado posteriormente.
De acordo com boletim de ocorrência do crime, o pai teria ido até o local e na ocasião, e atirado contra as vítimas. Testemunhas disseram que ele não aceitava que seu filho seguisse a religião brasileira (umbanda), que sintetiza vários elementos das religiões africanas. No entanto, durante as investigações, ficou comprovado que ele não queria que o garoto frequentasse o local por suspeitar que o filho tivesse um relacionamento com o pai de santo, que acabou morto.
“Ele já havia chamado atenção do filho para que ele não se envolvesse com aquelas pessoas, para que ele não frequentasse o local. Diante da negativa do filho em atender seu pedido, ele se dirigiu até o local, fez com que seu filho o levasse, onde se deparou com as vítimas que estavam em um momento de descontração. Foram todas surpreendidas de um modo que não tiveram como exercer qualquer tipo de defesa. Ele chegou no interior de um dos quartos da residência já disparando a arma de fogo. Uma das vítimas acabou indo a óbito no local e as outras duas conseguiram fugir e receber atendimento médico”, informou a delegada responsável pelo caso, Karla Peixoto.
Depois de concluída as investigações sobre autoria e materialidade, a delegada representou pela prisão preventiva que foi decretada pelo Poder Judiciário. “Mas infelizmente, até o presente momento, não conseguimos efetuar a prisão do mesmo. Importante ressaltar que o suspeito tem outro mandado de prisão em aberto também por ter cometido crime de homicídio. Esse mandado de prisão é da comarca de Tapurah”, acrescentou.
Após cometer o crime, Cleber fugiu de carro. Ele trabalharia como caminhoneiro e sua profissão pode ter colaborado para que ele traçasse uma rota de fuga pelo Brasil. Ainda conforme a Polícia Civil, a motivação do crime por intolerância religiosa foi descartada.
“Concluímos que a motivação do crime foi justamente pela orientação sexual. Nada tem a ver com intolerância religiosa. O fato simplesmente se deu dentro do estabelecimento religioso, mas nada tem a ver com a religiosidade. A intenção seria matar o pai de santo que possivelmente teria relacionamento com o filho do suspeito. Mas [é importante] deixar claro que em momento algum, esse fato ficou comprovado. A vítima apenas frequentava e tinha uma relação de amizade com a vítima”, ponderou.
