A Páscoa costuma ser um dos períodos mais agitados do comércio de alimentos, devido ao grande volume de vendas de chocolates e doces tanto para o consumo próprio quanto para presentear alguém.
Porém, desde a páscoa de 2020, a crise do coronavírus atingiu em cheio as vendas, o que também é esperado para 2021. Segundo a consultoria Boa Vista, as vendas desabaram 33% em relação a 2019.
Para frear ainda mais as expectativas, os preços dos ovos também não estão convidativos este ano, pois mesmo os comercializados por marcas mais “acessíveis” chegam a custar até R$50 ou R$70.
Outro “peso” é o avanço do contágio pelo coronavírus que tem forçado alguns estados e prefeituras a tomar novas medidas para evitar o colapso da saúde.
Segundo Ubiracy Fonsêca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), como o “principal canal de distribuição são os supermercados e padarias, que, por serem serviços essenciais, não vão fechar”, ainda é possível atender a uma grande quantidade de clientes e garantir melhores resultados em 2021.
Lembrando ainda que as redes de supermercados, que são onde mais se encontram ovos de páscoa, não costumam aceitar formas de pagamento onde é possível parcelar o valor, o que é visto como uma alternativa no período de crise. De acordo com site C tem que saber, que informa formas de pagamentos de diversas empresas e serviços, uma das únicas maneiras de fazer um parcelamento nos supermercados e redes atacadistas para produtos de consumo rápido como ovos de páscoa é através do parcelamento da fatura do cartão. Porém, este tipo serviço está sujeito a taxas.
Apesar do cenário cheio de desafios, o setor ainda está otimista, tanto que tem contratado desde o início de 2021. A indústria de chocolates estima quase 12 mil contratações temporárias diretas e indiretas de profissionais que atuarão nas linhas de produção ou nos pontos de venda. O número representa um crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior.