O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (sem partido), disse nesta segunda-feira, 18 de janeiro, que a vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não será obrigatória no estado. A fala foi durante um discurso, na tarde de hoje, sobre chegada e distribuição do 1º lote de vacinas contra à covid-19.
Hoje pela manhã o Ministério da Saúde informou que destinaria 33.040 unidades do imunizante Coronavac, após aprovação da Anvisa para uso emergencial, para Rondônia. No discurso, Marcos Rocha disse que conseguiu aumentar a quantidade para 49.2 mil unidades.
Os detalhes sobre a distribuição da vacina para o interior do estado ficaram a cargo do Secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Rodrigues Máximo. Segundo ele, a previsão é que as vacinas cheguem às 6h da manhã desta terça-feira, 19, no aeroporto de Porto Velho. Depois, as doses serão divididas em lotes e encaminhadas em caminhões com escolta policial aos municípios-base da central de rede de frios da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau): Ariquemes, Ji-Paraná, Vilhena, Rolim de Moura, bem como a capital, Porto Velho. Vilhena será a cidade polo de distribuição da região Cone Sul. Não foi detalhada a quantidade de doses para cada central.
A prioridade nesta fase da vacinação são os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente de combate ao vírus, informou Fernando Máximo.
Ainda segundo os secretário, o número de doses que devem chegar para Rondônia em 2021 ainda é incerto. “Vai depender da eficiência de produção dos laboratórios e da distribuição do Ministério da Saúde”, disse o secretário.
A primeira pessoa a ser vacinada na capital já foi escolhida, garantiu Fernando Máximo. No entanto, ele não revelou o nome, disse apenas que será uma mulher.
“Mesmo com a vacinação contra a covid-19, a população terá que seguir os protocolos sanitários e manter os cuidados – como uso de máscara e distanciamento social, até que toda a população seja imunizada”, alerta Fernando Máximo.
UTIs da rede pública
A boa notícia, no entanto, contrasta com a dura realidade das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Estado. De acordo com o secretário de saúde, há poucas vagas disponíveis em Rondônia, sendo que em algumas unidades como, por exemplo, o hospital de Cacoal, 100% dos leitos estão ocupados.
A falta de médicos complica um pouco mais a situação. Em algumas unidades como, por exemplo, no Centro de Reabilitação de Rondônia (CERO) há leitos, porém não há médicos para preenchimento das vagas.
Rondônia enfrenta o pior cenário desde o início da pandemia. Hoje, 140 pacientes com coronavírus estão internados nas UTIs do estado e mais 50 pessoas nas UTIs dos municípios, fora as unidades de terapia intensiva da rede privada. Ao todo, 497 pessoas estão internadas em UTIs, segundo o secretáriod e Saúde. Nas últimas 24 horas, foram confirmadas 24 mortes de pacientes com coronavírus no estado.