Polícia encerra investigações sobre o caso do sobrinho que matou o tio e depois festejou com churrasco sobre o túmulo

Crime cruel foi revelado pelo próprio infrator, após ver que o cerco estava se fechando sobre ele.

2404

A Polícia Civil de Vilhena encerrou o inquérito que investigava o caso macabro do sobrinho que matou o tio a facadas e depois de enterrar o corpo festejou com um churrasco sobre a cova da vítima. Nilton César Nascimento Santos de 43 anos, que trabalhou por mais de uma década como cabelereiro na cidade, foi assassinado com várias facadas no final de agosto deste ano. O corpo foi encontrado no dia 9 de setembro enterrado na casa de um sobrinho no bairro Bodanese.

O homem apontado pela polícia como autor do crime é J. R. D. N. de 28 anos. Ele é sobrinho da vítima. A polícia sustenta que o crime foi motivado em razão de uma ” discussão banal “. O investigado, que segundo a polícia agiu sozinho, foi indiciado pela prática dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

“Ficou apurado que ele praticou contra a vítima um homicídio qualificado, por motivo fútil que dificultou a defesa da vítima, visto que ela foi esfaqueada pelas costas, e ocultação de cadáver”, disse o delegado Nubio Lopes de Oliveira, responsável pela investigação.

Arrependimento tardio

O suspeito do crime procurou a delegacia de Polícia Civil no dia 9 de setembro e confessou o crime e disse estar arrependido. No depoimento ele falou onde havia sepultado o cadáver e revelou ter construído uma calçada de concreto sobre o túmulo.

O homicídio aconteceu em um imóvel da rua Neide Maria Fantin Pires. A casa é de propriedade da mãe da vítima e estava cedida há cinco anos ao suspeito do crime.

Para o delegado Nubio Lopes o suspeito decidiu confessar o crime porque percebeu que os investigadores da Delegacia de Homicídios estavam próximos de prendê-lo.

“Ele viu que o corpo seria encontrado, veio até a delegacia e antecipou a confissão. Depois disso foi só uma questão de desenterrar o cadáver e pedir a prisão preventiva dele, que saiu na mesma noite”, disse Nubio Lopes.

Irmã da vítima foi fundamental no caso

A dona de casa Marinei Regina Santos do Nascimento, irmã de Nilton, foi atuante para que o caso viesse à tona.

Dias depois do crime o suspeito montou uma churrasqueira improvisada em cima da calçada de concreto construída para esconder o corpo e fez um churrasco para amigos e até alguns parentes para comemorar sua festa de noivado. Em entrevista ao Vilhena Notícias, no mês passado, Marinei disse que não foi à festa, pois pressentiu algo estranho.

“A irmã da vítima ao ver uma foto que o sobrinho havia encaminhado para a avó, dona da casa, mostrando que havia limpado o quintal e construído a calçada, procurou o setor de investigação e disse que ao abrir a imagem viu o rosto da vítima naquele local”, comentou Núbio. Segundo a irmã da vítima, o sobrinho em cinco anos vivendo na casa jamais havia limpado o quintal.

O delegado disse que Marinei não se conformava com o sumiço do irmão e isso foi importante para que o caso fosse desvendado. Assista no vídeo abaixo o depoimento que ela deu à imprensa no dia 10 de setembro.