
O indígena Renato Cinta Larga, de 92 anos, morador da aldeia Quati, da Terra Indígena Roosevelt, localizada aproximadamente 80 quilômetros do município de Espigão D’Oeste (RO), morreu vítima da Covid-19, em Cacoal. Infectado com o novo coronavírus, ele ficou internado por cerca de sete dias, mas não resistiu ao avanço da doença e faleceu esta semana. A informação foi confirmada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), nesta quarta-feira, 22 de julho.
O primeiro caso registrado de Covid-19 no povo Cinta Larga foi no dia 26 de junho. Desde então as equipes do Dsei estão trabalhando com a prevenção, pedindo para que os indígenas não saiam das aldeias sem necessidade e que façam o uso de equipamentos de proteção.
Ainda conforme o Dsei, como medida de segurança, os profissionais são testados pra Covid-19, antes de entrarem nas aldeias.
Outra preocupação está relacionada à manutenção da cultura, já que as mortes de indígenas idosos por Covid-19 colocam em risco línguas e festas tradicionais que não podem ser resgatadas.
Os mais velhos são a fonte histórica dos indígenas brasileiros. Os anciãos, que ensinam os mais jovens, correm risco de morrer ou já foram perdidos para a doença. As informações são do portal G1.
Correção: a matéria citou inicialmente que o indigena faleceu em Vilhena, porém, a informação correta é que ele morreu em Cacoal.