
A Prefeitura de Vilhena (RO) iniciou, nesta quarta-feira, 15 de julho, a distribuição em massa do vermífugo ivermectina para os servidores públicos que atuam na saúde do município como forma preventiva de combater a covid-19. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há evidências científicas de que o fármaco, um clássico usado para piolho e sarna e no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas, seja eficiente contra o novo coronavírus.
Em um comunicado divulgado hoje, a prefeitura diz que “todos os mais de 800 servidores da Secretaria Municipal de Saúde poderão passar por avaliação, para que o médico avalie a possibilidade de prescrição para o servidor, conforme análise de contraindicações e de condições gerais [de saúde] do servidor”. O informativo diz ainda que servidores em funções de maior risco terão prioridade nas consultas”.

“Primeiro foram atendidos os servidores envolvidos com os leitos de UTI e do Centro Cirúrgico e Pronto-Socorro do Hospital Regional de Vilhena. Vamos continuar nos próximos dias, por meio de grupos de servidores, oferecendo a possibilidade a todos de ter acesso à ivermectina de forma preventiva”, disse por meio da assessoria o secretário municipal de Saúde, Afonso Emerick.
Também por meio da assessoria o médico e vice-diretor clínico do Hospital Regional de Vilhena, André Oliveira, explica que o “procedimento com cada paciente envolve avaliação do histórico de saúde, avaliação ambulatorial, prescrição e orientação quanto ao uso do remédio.
“Sabemos, através inclusive de manifestação recente da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que não existe estudo que comprove nem que refute a eficácia da ivermectina contra a covid-19. No entanto, fatores observacionais podem indicar que o remédio ajude a prevenir a disseminação do vírus no corpo e, visto que não tem efeitos colaterais graves, não haverá risco de saúde para aqueles que adotarem este tratamento prévio”, explica André.
Cerca de 40 profissionais já receberam o medicamento e as entregas devem continuar durante o restante do mês até que atinjam toda a classe, uma das que mais corre risco de contágio por lidar diretamente com pacientes contaminados ou suspeitos de sars-cov-2, o vírus que causa a covid-19.
Fonte: Com informações da Secretaria Municipal de Comunicação