Homem que matou vizinho para defender sogro vai responder por homicídio, diz delegado

A arma usada no homicídio nunca foi encontrada

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A arma usada no crime nunca foi encontrada, revelou o delegado Nubio Lopes – Foto: Renato Spagnol

A Polícia Civil indiciou um homem pela morte do auxiliar de serviços gerais Carlos Henrique Ferreira da Silva, de 26 anos, em Vilhena. De acordo com o delegado Nubio Lopes de Oliveira, o acusado, de iniciais R. A. M., de 29 anos, era vizinho da vítima e irá responder por homicídio simples. Ainda de acordo com o delegado, o homem alegou em depoimento que matou o vizinho para defender o sogro que estava sendo agredido. A arma usada no homicídio nunca foi encontrada.

O crime aconteceu no ferido de 7 de setembro de 2019 em uma residência do bairro Cristo Rei. De acordo com as investigações, Carlos Henrique estava ingerindo bebidas alcoólicas na companhia de outras pessoas e de Waldeci Aparecido Florêncio, de 45 anos, quando em determinado momento iniciou uma discussão por motivos fúteis com Waldeci.

Para pôr fim ao “bate boca” Waldeci saiu da festa e foi para a casa do genro, que fica do outro lado da estrada. Carlos foi atrás do homem e passou a agredi-lo na rua, segundo depoimento de testemunhas.

Com o pedido de socorro o genro saiu em defesa do sogro com uma arma na mão e disparou para o chão. Carlos Henrique não teria se intimidado com o disparo de alerta e invadiu o quintal para tomar a arma, mas foi baleado duas vezes e morreu. Depois de fazer os disparos o suspeito do crime fugiu em um automóvel. Dias depois ele se apresentou na delegacia, confessou o crime e deu sua versão do caso. Na época Waldeci chegou a ser detido como suspeito de participação na morte, mas foi liberado no dia seguinte.

Ao apresentar nesta terça-feira (5) a conclusão do inquérito, o delegado Nubio Lopes explicou por que não pediu a prisão preventiva do acusado. “Entendemos que ele colaborou com a investigação e sempre que foi convocado compareceu para prestar depoimento, caberá agora ao promotor [do Ministério Público], ou ainda ao juiz do caso avaliar se há necessidade de pedir a prisão preventiva do acusado”, reforçou Lopes.