Implantação do Uber causa revolta e taxistas depredam carro de motorista, em Porto Velho; veja vídeo

O caso aconteceu nesta manhã, 17 de maio. Os envolvidos foram detido e levados a Central de Polícia.

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Começou a operar às 8h00 desta quarta-feira, 17 de maio, em Porto Velho, o aplicativo de transporte particular Uber. A capital foi a terceira cidade da região Norte a receber o serviço. Desaprovado pelos taxistas da cidade, em menos de duas horas de funcionamento do aplicativo, taxistas depredaram o carro de um motorista do Uber.

No vídeo feito por um dos taxistas é possível ver dois trabalhadores da categoria danificando o carro com pedaços de madeira. Segundo informações apuradas, o motorista do Uber também teria sido agredido e se refugiado em uma casa.

A Polícia Militar foi acionada e os envolvidos, dois taxistas e o motorista do Uber, foram levados até a Central de Polícia para o registro do boletim de ocorrência. Vários taxistas se reuniram aos fundos da central e um reforço policial teve que ser chamado.

Segundo um dos taxistas que estavam na manifestação, a categoria formada por “pais de família” está sendo desrespeitada. Ele afirma que todas as categorias de transporte, como moto taxistas e até caminhoneiros, também estão sendo prejudicados com a instalação do Uber.

“Nós já estamos há três meses tentando evitar esse acontecimento. Recorremos ao poder público, agindo sempre de forma pacífica em nossa defesa. Todo mundo sabe que o Uber vem invadindo as cidades causando o caos para a categoria de taxistas e para inúmeras categorias. Nada foi feito, disseram que está em trâmite uma lei, mas hoje a Uber liberou a plataforma de atendimento”, disse o taxista.

De acordo com ele, a instalação do aplicativo é lamentável para quem “vive endividado” e para os taxistas que são “cobrados pela prefeitura”.

“Posso dizer que se a Semtran chegar aqui agora e encontrar um documento irregular de um taxi, ela vai recolher o carro. Então como é que nós vamos gastar um dinheiro desse todo o ano, é em torno de R$1,5 mil, fora a perda de tempo e a correria. O carro que tá amassado não passa na vistoria, tem que arrumar”, disse.

Ele ainda argumentou que o Uber trará pouco retorno aos motoristas do aplicativo e nenhum ao município.

“De repente hoje vem um aplicativo buscando dinheiro aqui para levar lá pro ‘quinto dos infernos’ nos Estados Unidos. Eu não sei o passa na cabeça das pessoas que entram para trabalhar em um serviço desses. Ela vai trabalhar em uma corrida a R$10,00 e desse valor R$2,50 irá para o aplicativo, ou seja, irá para fora do país, sem retorno nenhum ao município, enquanto nós (taxistas) bancamos o município”, finalizou.

 

Confira o vídeo da depredação:

 

 

 

FONTE: Vilhena Notícias