REVISTA SELETIVA: “Quem parecia ter mais dinheiro não era revistado”, disse visitante da Nova Expovil

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A noite desta quarta-feira (3) marcou a abertura da 1ª Rondônia Rural Sul, antiga Expovil, que acabou tendo seu nome modificado sob a promessa de um novo formato de festa agropecuária.

A primeira noite teve seus prós, como a presença do público para o show da cantora Marília Mendonça, porém, alguns pontos negativos incomodou quem foi à arena, como por exemplo, a organização para as filas que levam ao interior da arena.

Por volta das 22h30, quando foi anunciando o fim do rodeio, as filas nas duas entradas da arena começaram a ser formadas, sem a presença de nenhum membro da organização, as filas invadiram parte do parque, e algumas pessoas relataram que ficaram cerca de uma hora de pé para conseguir entrar, enquanto outros usando o “jeitinho brasileiro” se aproveitavam da falta de fiscalização e organização e furavam a fila.

RISCO GRANDE

De acordo com alguns visitantes, o maior risco dentro da nova Expovil foi a chamada “revista seletiva”, com muitas pessoas entrando na arena ao mesmo tempo, e poucos seguranças controlando a entrada, muitos acabaram não passando por nenhum tipo de revista, sequer detector de metais. Essa atitude estaria deixando pessoas entrarem armadas e com entorpecentes na arena e camarotes do Parque de Exposições.

Segundo um visitante, que não quer ser identificado, os seguranças escolhiam quem seria revistado de acordo com a aparência, “quem estava bem vestido ou parecia ter um pouco mais de dinheiro não passou por revista nenhuma, enquanto aqueles que tinham ‘aparência’ suspeita passavam pelo detector de metal e por revista pessoal”, disse o visitante que aguardava a entrada de alguns amigos.

Em contato com um dos seguranças, foi explicado que havia muitas pessoas que passavam rapidamente após passarem o passaporte no leitor ou entregarem o bilhete do show, enquanto a revista era feita em outro visitante, “as pessoas deixaram para entrar em cima da hora para o show, e é mais rápido passar o passaporte pelo leitor ou entregar o bilhete do que revistar alguém, então não tinha como ficar segurando quem entrava, pois havia uma aglomeração muito grande na entrada”, disse um integrante da segurança.