O pedido de financiamento de R$ 50 milhões do prefeito Eduardo Japonês, enviado à Câmara de Vereadores de Vilhena para ser votado nesta quarta-feira, recebe pesadas críticas de ex-secretários de Rosani Donadon e de aliados da família Donadon. Os críticos, porém, parecem ter esquecido que a ex-prefeita solicitou empréstimo de, pelo menos, R$ 66 milhões no fim de de 2017.
Os projetos de autoria de Rosani, n° 4658 e n° 4719, enviados em agosto e outubro de 2017, respectivamente, somavam R$ 66 milhões de reais em financiamento e empréstimos junto à Caixa Econômica Federal. Aprovados por unanimidade pela Câmara, os valores seriam utilizados no saneamento básico, na execução de asfalto e na aquisição de máquinas.
Japonês agora requer R$ 50 milhões para os mesmos fins, através do projeto n° 5664, de 14 de junho de 2019. O projeto deve ser votado hoje na sessão e, provavelmente, aprovado também. No entanto, agora os aliados de Rosani criticam a atitude como “endividamento desnecessário” do município.
Intervindo em um programa de rádio local, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Jardim Social (Ambajas), Gustavo Ângelo de Mattos, revelou que o financiamento do asfalto, que beneficiará seu bairro, foi um pedido dos moradores do local. “Após várias reuniões da associação com a administração municipal, solicitamos à Prefeitura o asfalto para nosso bairro, concordando que pagaríamos o custo por meio de Contribuição de Melhoria. Porém, existe muita conversa cruzada. Todos aqui no bairro aprovam o financiamento do asfalto, pois é melhor pagar com um prazo longo, em vez de ficar sem asfalto. Estamos felizes e convocamos a população para a sessão da Câmara de hoje porque os nossos imóveis serão valorizados com a pavimentação e a poeira vai acabar”, completa.
Ainda no mesmo programa de rádio, o vereador e policial civil Wilson Tabalipa explicou o assunto, revelando que a Prefeitura ainda tem muita margem para financiamento. “Sou a favor dessa medida porque beneficia os bairros. Somente para os bairros Jardim Universitário, Jardim Social e Cidade Nova serão R$ 23 milhões, já aprovados pelos moradores de lá. Há também R$ 15 milhões para compra de maquinário para a Secretaria de Obras. A Prefeitura não vai ficar endividada, até porque nós, vereadores, só vamos aprovar por haver margem permitida de endividamento. O limite de financiamento da Prefeitura é de R$ 120 milhões, e hoje as dívidas que utilizam esse limite não passam de R$ 80 milhões, já incluídos esses R$ 50 milhões de hoje. Então o endividamento da Prefeitura é baixo”, explica Tabalipa.