
O Ministério Público de Rondônia (MPRO) garantiu a condenação de seis acusados pelos crimes de roubo majorado pela restrição da liberdade das vítimas e pelo uso de arma de fogo, além do reconhecimento de tortura praticada por um dos envolvidos. As penas chegaram a até 16 anos de prisão em regime fechado.
O crime ocorreu na noite de 21 de outubro de 2024, no município de São Francisco do Guaporé. As vítimas estavam em casa quando foram surpreendidas por indivíduos armados, que entraram na residência, anunciaram o assalto e fizeram ameaças verbais enquanto exigiam dinheiro e armas.
Diante da negativa, os autores reviraram todos os cômodos e informaram que o principal objetivo era subtrair a caminhonete da família. As vítimas permaneceram em restrição de liberdade por quase oito horas.
Um dos envolvidos praticou tortura contra uma das vítimas com o objetivo de obter informações sobre o paradeiro da caminhonete. A vítima relatou ter sido agredida e ameaçada de morte, situação confirmada pelo exame de corpo de delito. Desse modo, exigiram a chave do veículo, colocaram as vítimas no carro e seguiram rumo a Costa Marques.
Tentativa de travessia
O trabalho policial identificou que um automóvel de cor escura dava suporte aos envolvidos, atuando como batedor. Durante o trajeto, o grupo entrou na Linha 02, onde manteve as vítimas em cárcere por cerca de seis horas, enquanto tentavam viabilizar a travessia ilegal da caminhonete para a Bolívia.
Por volta de 2h da manhã de 22 de outubro, integrantes do grupo retornaram ao ponto em que as vítimas estavam e relataram que não seria possível cruzar a fronteira naquele local. O plano passou então a ser esconder o veículo em uma residência em Costa Marques. Ao amanhecer, os responsáveis recolheram os celulares das vítimas e determinaram que elas deixassem o local a pé para buscar ajuda.
Veículo recuperado
As vítimas foram rendidas por volta das 21h e libertadas por volta das 5h da manhã do dia seguinte. A equipe de investigação localizou a caminhonete em uma casa situada no centro de Costa Marques.
Direito protegido
A atuação do MPRO garantiu a responsabilização dos envolvidos e reforça a proteção ao direito à segurança e à liberdade. Esses direitos são assegurados pela legislação brasileira e o MPRO atua para defendê-los, responsabilizando quem pratica crimes que colocam em risco a integridade física e emocional da população.











