VILHENA: “Estamos há 7 anos sem um real de aumento”; agentes penitenciários estão em “Movimento Padrão” 

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Nem ao menos a correção salarial, que é direito constitucional vem sendo cumprido.  

Na manhã desta quinta-feira 24, agentes penitenciários, se reuniram em frente ao Presídio de Segurança Máxima do Cone Sul e falaram sobre as mazelas pelas quais passam e sobre o movimento que acontece e repercute em todo o Estado de Rondônia.  

O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia (Singeperon), Claudinei Costa de Farias, falou com a imprensa.  

“Queremos esclarecer que não estamos com paralisação ou greve, estamos sim, em Movimento Padrão, ou seja, os agentes de todo o Estado de Rondônia estão trabalhando estritamente dentro da legalidade. Estamos fazendo as atividades somente se houver efetivo, visto que nós nos desdobramos todo esse tempo por falta de pessoal”, apontou.  

Um dos agentes informou que todos os postos, antes ocupados pelos servidores estão sendo preenchidos e que o trabalho segue. “Se tivermos que fazermos as visitas, elas serão feitas, assim como o banho sol para os detentos, mas não faremos aquilo que é, de certa forma ilegal, que é por exemplo, entrar em uma cela com apenas dois agentes para tirar 100 presos para o banho de sol”, apontou.   

Integrantes do grupo falaram com a reportagem e informaram que aquilo que era uma exceção, a hora-extra de trabalho, virou uma regra. “Às vezes com 12 horas de folga, já tínhamos que voltar ao trabalho e hoje nos recusamos a fazer hora extra”.  

O último concurso público realizado para agentes penitenciários em Rondônia, foi no longínquo ano de 2010. Hoje, no Presídio de Segurança Máxima do Cone Sul, existem 365 e um plantão de apenas 4 agentes penitenciários por turno. Segundo um dos denunciantes, seriam necessários no mínimo 20 agentes para terem o mínimo de segurança. “Não dá para admitirmos isso. Hoje por exemplo não haverá visita aos detentos por que não temos efetivo para fazer a revista feminina”, contou Claudinei.  

Os agentes pedem que o novo governador Marcos Rocha, que é coronel da Polícia Militar, cumpra o acordo judicial, homologado no ano passado, onde melhorias nas condições de trabalho e aumento salarial estão contidos e a realização de novos concursos. 

O Movimento Padrão não tem data para acabar. “Queremos que o governo seja sensível à nossa causa. Caso contrário seguiremos com o Movimento”, declarou o vice-presidente.