Número de assassinatos reduz 36% em Vilhena; índice de homicídios solucionados chega a 78%, aponta PC

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Dados divulgados nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, pela 1ª Delegacia Especializada de Crimes Contra a Vida, apontam que no ano 2017 em Vilhena, houve uma redução de cerca de 36% no número de homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte), em relação ao ano anterior. Outro fator positivo é que em menos de um ano de instalação da delegacia especializada no município, o índice de homicídios e latrocínios esclarecidos saltou de 40,6% em 2016, para 78% em 2017.

Números totais de homicídios e latrocínios ocorridos em Vilhena 2016/2017:

2016 2016 2017 2017
Homicídios/latrocínios Solucionados Homicídios/latrocínios Solucionados
64 26 41 32

As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa com Arismar Araújo – diretor de Polícia Civil do interior do estado, Fábio Campos – delegado da regional de Vilhena e Núbio Lopes de Oliveira, delegado titular da 1ª Delegacia Especializada de Crimes Contra a Vida.

A Polícia Civil também apresentou dados das delegacias de Colorado do Oeste e Cerejeiras, responsáveis por investigar crimes praticados em outros municípios do Cone Sul. A delegacia de Cerejeiras registrou em 2017, 7 homicídios, o mesmo número registrado em Colorado. Se somados aos de Vilhena, o Cone Sul teve um total de 55 assassinatos no ano passado. Já no ano anterior, 2016, as três delegacias juntas registraram 76 homicídios. Os números indicam que houve de 2016 para 2017, uma queda de 27,63%.

MAIORIA DAS VÍTIMAS SÃO LIGADAS À CRIMINALIDADE

Segundo Núbio Lopes de Oliveira, mais de 70% dos assassinatos estão diretamente ligados ao crime organizado.

“Não posso precisar um número exato, mas a maioria das vítimas possuíam envolvimento com drogas, com facções criminosas ou algum outro tipo de passagem policial”, destacou Oliveira.

Para ele, a criação da delegacia de homicídios foi pontual para elevar o número de esclarecimentos de crimes contra a vida em Vilhena, e ressaltou ainda o empenho e comprometimento do Ministério Público Estadual (MPE) e do Poder Judiciário nestes casos, e “a população também é fundamental, pois o vínculo de confiança entre sociedade e polícia, pode resultar em uma denúncia anônima ou em uma informação confidencial com potencial para auxiliar nas investigações”, acrescentou Núbio Oliveira.

Arismar Araújo também destacou que a transparência da Polícia Civil na divulgação dos dados reforça o laço entre a instituição e a sociedade civil.

LATROCÍNIOS E FEMINICÍDIOS

Em 2017 foram registrados três crimes de latrocínio em Vilhena, dentre eles, o caso de Luiz Eduardo Silva Rover, filho do ex-prefeito do município, José Luiz Rover. Destes casos, apenas um ainda está em apuração, os outros dois foram solucionados.

Já o número de feminicídios – homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino” – foram quatro no ano passado. Todos solucionados pela Polícia Civil.

Segundo Arismar Araújo, a delegacia especializada possibilitou a identificação eficaz de crimes de feminicídio: “a partir de agora nós teremos dados precisos para acompanhar estes casos em específico”.

USO DE ARMA DE FOGO

Segundo a PC, 67% dos assassinatos em Vilhena são por arma de fogo. O delegado regional Fábio Campos, pontuou que as mortes por uso de arma de fogo são ligadas ao tráfico de drogas, seja uso ou comércio.

Confira abaixo os dados divulgados:

Em 2016 foram 64 homicídios e latrocínios, destes 26 foram esclarecidos. No ano seguinte foram registrados 41 casos, com 32 solucionados.

 

FONTE: Vilhena Notícias