Sem Réveillon popular, vilhenenses preferem reuniões em casa na virada do ano 

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Réveillon em Vilhena no ano de 2014. (Foto: internet)

Pelo quarto ano consecutivo a cidade de Vilhena não terá, o já não mais tradicional, Réveillon em Praça Pública. A alegação do prefeito do município Eduardo Japonês, que visitou a redação do Vilhena Notícias essa semana, é a mesma dada em anos passados, por gestores anteriores; a falta de recursos para esse tipo de festividade.  

Com isso, esse noticioso entrevistou alguns vilhenenses para saber o que eles farão na noite de hoje, 31 de dezembro, à espera da chegada do ano de 2019.  

Os entrevistados foram unânimes em dizer que lamentam a não celebração organizada pela administração pública.  

O músico vilhenense, Cleiton Netto, 30, que atualmente tenta carreira artística na cidade de Cuiabá, mas que veio passar a “virada” em sua cidade natal, lamenta não haver apresentações populares. “É triste. Parece que a “cidade” não se importa. O ano novo é quase que uma vida nova para muita gente, quando sua cidade não entra no clima, acaba decepcionado muita gente. Netto, disse que seu Réveillon será na casa de um amigo. “Estarei com um grande amigo e a família da mulher dele. Será numa casa com piscina, churrasco e umas cervejas, por que merecemos”, falou o sorridente músico, que também faz aniversário no dia de hoje.  

A dona de casa, Daiane Azevedo, 29, esperará a chegada de 2019 em sua própria casa. “Não gostamos muito de festas, e como não terá aquela na Praça, onde você não precisa pagar para entrar, ficaremos em nossa casa, eu, minha família e alguns amigos. Como eu gosto muito de cozinhar irei fazer pratos especiais, daqueles que só se fazem uma vez por ano”, brincou Daiane.  

Funcionária do Estado, Cíntia Mourão, diz que a única alternativa que tem é reunir os amigos e dar uma volta no centro de Vilhena e na praça, mesmo não havendo nenhum evento. “Devido à falta de opções na cidade e os valores excessivos dos eventos particulares, não nos resta nada mais”. Ela que tem parentes na capital do Estado, viajará para lá no dia 02. “Queria mesmo é e estar com minha família em Porto Velho, só não fui ainda por que preciso resolver algumas coisas em Vilhena, mas essa cidade desanima a gente em relação à festividades populares”, alegou.  

Atleta profissional de futebol, o ex-jogador do Vilhena Esporte Clube (VEC), Fábio Ricardo Senff (Scooby), 23 anos, diz que irá para uma chácara a cerca de 15 quilômetros da área urbana. Lá, com familiares da esposa, comemorarão a chegada de mais um ano. “É uma pena não termos o Réveillon na Praça. Esse evento reúne pessoas que realmente não têm familiares em Vilhena e muitas vezes não tem condições de fazerem uma festa. Eu particularmente acho bonito a queima de fogos e gosto de música ao vivo. Realmente uma pena”, falou Scobby, que mantendo a tradição usará branco à espera do ano novo.  

Michelle Barreto, secretária, alegou que o preço alto nas festas em casas noturnas da cidade a desanimou. Ela conta que passará a “virada” com os pais e depois seguirá para a casa de uma amiga. “Estou com um pouco de medo de 2019, mas irei comer lentilha para ver se ajuda”, brincou Michelle.  

O último Réveillon em Praça Pública em Vilhena organizado pela administração pública foi no ano de 2014. Na ocasião a festividade era organizada pela Secretaria Municipal de Esportes (Semec) e pela Fundação Cultural de Vilhena (FCV).