PF investiga desembargador e filho suspeitos de ligação com organização criminosa

No Superior Tribunal de Justiça, o inquérito pretende apurar a suposta prática de corrupção por um desembargador federal e seu filho, que é advogado.

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Foto: PF

Como resultado de investigação conduzida de forma coordenada pela Procuradoria-Geral da República, pelo Gaeco do MPF em Minas Gerais e pela Polícia Federal, estão sendo cumpridos nesta terça-feira (14) 10 mandados de prisão – cinco temporárias (pelo prazo de cinco dias) e cinco preventivas – contra pessoas envolvidas com uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Também são executados 35 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados e em empresas usadas por eles para lavar dinheiro e movimentar valores oriundos do tráfico. As ordens partiram do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e da Justiça Federal em primeira instância.

No Superior Tribunal de Justiça, o inquérito pretende apurar a suposta prática de corrupção por um desembargador federal e seu filho, que é advogado. O STJ também autorizou medidas como a proibição de acesso dos investigados a determinados locais e o contato entre eles. De acordo com o que já foi apurado nos procedimentos em curso, apenas em criptomoedas, as empresas envolvidas no esquema teriam movimentado valores que superam os R$ 60 milhões.

Embora decorram de duas operações distintas, os mandados estão sendo cumpridos de forma simultânea e coordenada em várias cidades: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, São Luís e municípios mineiros.

No âmbito do MPF, essa é a primeira operação decorrente do trabalho coordenado entre a Procuradoria-Geral da República, que atua perante o STJ, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Minas Gerais.

Por: MPF