O presidente da Associação Vilhenense de Voleibol – AVV, Gilvan Martendal, acompanhado do coordenador técnico France Lima e Silvan Freitas responsável administrativo da associação, convocaram uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 12 de abril, para falar sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pela entidade.
Silvan Freitas relatou a recente polêmica que envolveu a nota divulgada pela instituição que citava o possível cancelamento da Copa AVV edição 2017, porque a prefeitura de Vilhena, não renovou o convênio específico no valor de R$ 18 mil para a realização do evento, além do processo para manutenção da escolinha de iniciação de atletas de 8 a 12 anos, que pouco tramitou apesar da chancela do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente – CMDCA.
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Segundo Silvan Freitas, um site local ao receber a nota da AVV fez uma interpretação errônea do conteúdo e acabou distorcendo as informações da nota o que levou a um ‘embate’ desnecessário e prejudicial entre a associação e a Semec. “A partir da divulgação deste jornal, ocorreu um ‘tsunami’ na AVV. A divulgação deste jornal levou as pessoas a pensarem que a AVV estava mentindo quando disse que a prefeitura não renovou o convênio específico para a copa e também o atraso do repasse para a escolinha de iniciação. Nós recebemos ligações de pais dizendo que nós estávamos mentindo”, declarou Freitas.
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Após a nota da AVV ter sido divulgada com distorções de conteúdo pelo site local, segundo Silvan, o secretário de esportes Natal Pimenta Jacob, o popular “Natalzinho”, emitiu nota rebatendo a diretoria da associação.
Em nota Natal disse que a informação de corte do convênio anual estava equivocada e não tinha procedência. "O que acontece, é que a liberação do mesmo está atrasada devido a prazos regimentais normais. E essa demora se deve ao fato de que houve uma alteração no valor de R$ 70 mil para R$ 80 mil anuais", declarou em nota o secretário.
Em relação a este repasse, Silvan foi categórico em afirmar que em outubro de 2016, o CMDCA, órgão responsável pela avaliação do projeto chancelou e deliberou o valor que a AVV deveria receber este ano através do convênio. Ele ainda citou que a mudança de valor de R$ 70 mil para R$ 80 mil anual mencionada pelo secretário de esportes não procede, pois, o valor já havia sido estipulado no ano anterior.
Em relação ao gasto anual de R$ 60 mil que a prefeitura teria com a manutenção de dois servidores do município a serviço da AVV, Silvan disse que no relatório de 2016 apresentado à prefeitura, o gasto com ele foi inferior a R$ 20 mil: “É documentado que no relatório de 2016 o gasto comigo foi inferior a 20 mil, então, teoricamente a outra funcionária cedida que tem um rendimento menor que o meu, não chegou nem a esse valor. Sendo assim, não chegaremos nem mesmo a R$ 40 mil anual”, destacou Silvan Freitas.
Ele também ressaltou que entende o lado da prefeitura de não querer fazer o convênio, mas disse que a alegação que o município não pode - por lei - manter dois convênios com uma única entidade não corresponde aos anos anteriores de parceria entre a associação e a prefeitura, onde foram realizados os processos que garantiram ao longo dos últimos 16 anos, a realização da Copa AVV.
O coordenador técnico France Lima, destacou os avanços e importância social e esportiva da AVV aos longos dos últimos anos. Ele apresentou notícias de mídias locais que destacaram os feitos da associação em competições a nível estadual, além de ressaltar que a Copa AVV sempre foi a principal competição do estado na categoria. Lima lembrou do atleta Caio, que se tornou destaque em competições da Copa AVV e hoje é um dos convocados da seleção brasileira sub 21.
Outro detalhe apontado, é a carência de competições esportivas de voleibol em Rondônia. “A Copa AVV tem uma importância comercial importante para a cidade. Já reunimos cerca de 400 pessoas em competições da copa e todas essas pessoas que vinham até Vilhena para a disputa, deixavam aqui sua contribuição financeira além de elevar o nome da cidade pela excelência na organização das competições”, comentou France Lima.
“Nós estamos tentando aporte junto ao Ministério dos Esportes através da lei de incentivo. É um processo difícil, mas vamos tentar porque sabemos a importância do nosso projeto”, finalizou Lima.
Com o atraso no repasse para a escolinha de iniciação, a diretoria da AVV cogita cancelar por falta de aporte financeiro, a viagem para a cidade de Nova Brasilândia, onde será realizada uma competição de voleibol.
Atualmente a AVV conta com o patrocínio da Unimed, Internet 5.8, Desafios Contabilidade e aguarda o impasse para a liberação de recursos do município.